14 setembro, 2011

Olhar Clandestino


Olhar clandestino

É no olhar que te encontro.
Esquivo, no orvalho da manhã.
Corre assustado
O olhar de uma gazela.
Frágil,
Espreita tímido a dor
Entre ramagens de arbustos desordenados,
Seduzido pelo perigo que o mata.
 Encontro-te no olhar de pecado,
Apressado,
Na floresta densa onde se esconde
O desejo furtivo camuflado
De orgulho saciado,
Mas ardentemente sôfrego.
Surge ao meu encontro o olhar ferido,
Forasteiro fugidio
Denuncia a nudez com que me vestes.



4 comentários:

T. disse...

Gostas-te do estilo =)
E tens jeito para a coisa...como sempre.

sgar disse...

É do meu ciclo de pseudo-poemas sobre o Olhar :) ando a dissecar ideias e a misturar estranhezas! crazy me, U know!

Tom disse...

Bom, muito bom!

sgar disse...

Obrigada Tom!! É a minha viagem acidental no mundo da poesia!! :)