«Nunca é agora entre nós, é sempre até Domingo, até sexta, até terça, até ao próximo mês, até para o ano, mas evitamos cuidadosamente enfrentar-nos, temos medo uns dos outros, o medo do que sentimos uns pelos outros, medo de dizer Gosto de ti.» António Lobo Antunes
18 fevereiro, 2012
Eu vou
Se me arrancares um sorriso, eu vou!
Fica combinado, sem porquês ou hesitações.
Leva-me onde quiseres. Não me interessa o lugar. Uma montanha íngreme, um mato denso, uma praia deserta ou um telhado inclinado. Não quero saber se vai estar sol, se sopra um vento forte, se vamos à chuva ou ficamos debaixo do céu estrelado. Eu vou!
Mesmo sabendo que essa poderá ser a única vez. Um instante que roubamos à realidade, uma fresta de vida, um rasgo de vontade.
Eu vou!
No calor do momento, peço-te apenas para seres verdadeiro comigo. Seres tu, somente. Esqueceres o mundo confuso lá fora, os quilómetros de gente, a monotonia das relações e das conversas vulgares. Ali, despidos de tempo. Eu e tu, somos iguais. Sofremos do mesmo.
Sem segredos, quero partilhar-te numa conversa sem horas, regras ou rituais.
Dizer-te as coisas mais loucas e irracionais, rir-me do teu ar sério, admirado. Abraçar todo o carinho que me tens dado.
Arranca-me um sorriso e eu vou. Está combinado.
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