23 julho, 2012

Memórias invisíveis

Hoje apetece-me sonhar contigo.
Com tudo o que não fizemos mas vivemos em palavras embriagadas de loucura. Talvez por encantamento, falámos tanto. Quase tudo. De tal forma que as palavras envenenadas, de tão sofregamente desejadas, preencheram-me de memórias invisíveis. De beijos sedentos, molhados, abraços despidos, corpos suados, tímidos gemidos. Só nós dois. Sem horas de partir, sem pressa, sem depois. Eternos fantasmas do tempo, em busca de abrigo. É assim que te lembro, do que não tive. Já é tarde, estou cansada. Vou fechar os olhos agora e levo-te comigo.

1 comentário:

Eu mesma disse...

Lindo!!!

Obrigada.