11 janeiro, 2012

Sorrir


Tenho quase o dever de sorrir sempre.
Ainda que me assole a maior tempestade, me doa o estômago de incompreensão, arda o peito de tristeza e impotência. 
Ainda que os músculos faciais tremam e teimem em ceder – há, em mim, um dever de sorrir. 
Porque o sorriso é a única arma que possuo. E acredito nela, convicta que derrubará gigantes e dragões, crente que iluminará o túnel mais longo e escuro e afastará todos os fantasmas e medos.
Sim, o meu sorriso aberto. Ele é o revolver que dispara, a espada que corta, o arpão que fere. É também o escudo que defende, o abrigo que protege, a concha que me recolhe do mundo.
Para lá do meu sorriso, há um labirinto imenso de contradições, uma desordem de pensamentos movediços, desconexos, agitados. Há fantasia e ilusão. Há inconstância e insatisfação.
Pensar é o acto mais solitário e masoquista.
Eu, sorrio sempre.



2 comentários:

T. disse...

Sorrir é o melhor do mundo. Quando não é o efeito de algo é a forma de ultrapassar.

Vá e o teu é mais bonito que o resto dos comuns mortais...=P

beijinhos

sgar disse...

Tens toda a razão! Em vez de terapia do Olhar, devia existir a terapia do Sorriso xD
E obrigada pelo elogio ao meu sorriso, plásticas e muito treino, vá =P
Beijoinhos