«Nunca é agora entre nós, é sempre até Domingo, até sexta, até terça, até ao próximo mês, até para o ano, mas evitamos cuidadosamente enfrentar-nos, temos medo uns dos outros, o medo do que sentimos uns pelos outros, medo de dizer Gosto de ti.» António Lobo Antunes
25 janeiro, 2013
hoje não
acordo com a estranha sensação que já não és nada.
foste tudo. antes.
agora, aqui, és nada. no presente não existes. não tens cheiro nem cor.
podias aparecer na minha frente, raspar o teu corpo no meu, e não te reconheceria.
hoje não. já não.
no agora, és nada.
aqueço os braços trémulos ao sol,
são leves, porque não te trago em mim.
hoje não.
estou feliz assim.
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
Sem comentários:
Enviar um comentário