«Nunca é agora entre nós, é sempre até Domingo, até sexta, até terça, até ao próximo mês, até para o ano, mas evitamos cuidadosamente enfrentar-nos, temos medo uns dos outros, o medo do que sentimos uns pelos outros, medo de dizer Gosto de ti.» António Lobo Antunes
30 outubro, 2015
Berma
Digo para mim que é mesmo assim. Um passo de cada vez, devagar.Sem olhar para trás, ou para baixo.Seguir em frente, por instinto, sem hesitar. Mesmo de olhos cerrados pelo medo, sangrando ansiedade entre as escarpas do desconhecido. Porque só aos audazes é permitida a paixão de estar vivo. Essa inebriante loucura de viver um pouco mais além dos seus passos.
Digo que o que deslumbra traz quase sempre consigo a vertigem do salto. E para voar é preciso abandonar o corpo pesado, libertar a alma.
Como caminhar na berma do precipício. Ninguém disse que seria fácil.
Amar assusta. Por vezes mata.
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
Sem comentários:
Enviar um comentário