22 setembro, 2011

E depois?

Deixaram a manhã acordar por cima dos seus corpos entrelaçados.
O sol abriu-lhes os olhos devagar. A noite passara por eles certamente. Apressada. Dissipada no sabor doce que lhes resta na boca, no odor da pele trespassada pelo que se possa inventar. A noite passara, certamente, sem qualquer um deles notar. Levou com ela o olhar cúmplice, de quem nunca se terá.
A manhã acordou-os, cansada, de tanto que a fizeram esperar.
Deveria ser noite, sempre, naquele abraço apertado
E depois? O depois podia esperar.



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