«Nunca é agora entre nós, é sempre até Domingo, até sexta, até terça, até ao próximo mês, até para o ano, mas evitamos cuidadosamente enfrentar-nos, temos medo uns dos outros, o medo do que sentimos uns pelos outros, medo de dizer Gosto de ti.» António Lobo Antunes
04 agosto, 2011
Memórias inventadas
«nós andamos constantemente a alterar os factos, a reescrever a história, para tornar as coisas mais fáceis, a fazê-las encaixar na nossa versão preferida dos acontecimentos. Fazemo-lo automaticamente. Inventamos memórias. Sem pensar. Se dissermos para connosco com frequência suficiente que certa coisa aconteceu, começamos a acreditar nela e então somos de facto capazes de recordar.»
in Antes de Adormecer
E é assim que tenho saudades tuas. De ti. De mim. Dos momento irreais que passámos juntos. Dos beijos molhados, precipitados de loucura, também dos calmos ao fim do dia. Dos abraços apertados contra o peito, do sussurrar no ouvido coisas descabidas. De dançar descalça contigo, ouvir-te tocar um ritmo tranquilo. É assim, nesta memória inventada, que tenho saudades tuas.
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4 comentários:
As saudades são tão nossas. Gostei dos beijos molhados e do sussurrar ao ouvido coisas descabidas.
Beijocas
Tão bom sentir saudades assim.. abrir um baú de memórias (mesmo que inventadas) e recordar os momentos que ofereceram sorrisos, apesar de irreais..
Gostei tanto, Closet.
Um grande beijinho :)
Viajante, o tema é sobre "memórias", saudades de memórias... estranho não é? Depois de ler este livro da amnésica fiquei a pensar nisto, no que são efectivamente feitas as memórias... Mas sim, amigo, definitivamente os beijos molhados e principalmente as palavras ao ouvido descabidas são o melhor de tudo isto, pena serem irreais :)
Ametista, ainda bem que gostaste, eu também acho estas memórias (mesmo que inventadas) deliciosas demais para as esquecer! Há memórias assim, não há?! Eu acredito que sim! beijinhos
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