30 março, 2012

Inunda-me

Como um dilúvio arrastou-me, numa corrente forte, indestrutível. Sem dar conta entreguei-me, deixei-me ir à deriva. Há um prazer incompreensível sempre que me largo no desconhecido. Não receio o escuro, o frio ou o piso escorregadio. Rejeito qualquer conceito de perigo e respiro inebriada o vento que me rasga o rosto, a chuva que me escorre pelo cabelo, a intensidade com que vida pulsa em mim naquele instante.
Estavas ali, à minha espera, do outro lado da margem. Não hesitei. Inundei-me de ti.





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