Ainda não aprendi a encontrar-te
A partilhar o mesmo espaço.
O cubículo do elevador, a distância da secretária, a largura do corredor.
Vejo que o tempo não dilui o que ficou congelado
e os olhos, baços, ainda embatem enfurecidos
e os lábios, sedentos, ainda sentem, como se beijassem.
Espasmos que nos aprisionam em segundos intermináveis
Imóvel, não encontro o gesto certo, a palavra exacta.
Não importa. Há o silêncio, asfixiante, que nos arrasta.
Eu não aprendi a encontrar-te.
Ainda.
2 comentários:
Muito bom!
Um beijinho
Ainda?! Ainda bem que gostas!
Beijo grande :)
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