02 fevereiro, 2013

Felicidade


Ás vezes ela está ali mesmo ao nosso lado. Sentada no banco de jardim abandonada.
Segue-nos com os olhos, passa a mão pelo nosso cabelo e afaga-nos o rosto.
Está ali e é o aconchego do calor que sentimos, como se nos abraçasse. O sorriso cansado mas verdadeiro, a espera que tarda em ser alcançada. Está ali mesmo ao nosso lado, onde sempre esteve. Serena. Paciente.
De olhos vendados, tacteio. Procuro-a confusa, hesitante. 
É então que surges novamente, empurras os meus medos, seguras no meu peito.
No limite do impossível: reinventas-me. Ocupas-me. Desejas-me. 
Tu. És tu, a Felicidade que vejo.

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