18 fevereiro, 2012

Eu vou



Se me arrancares um sorriso, eu vou!
Fica combinado, sem porquês ou hesitações. 

Leva-me onde quiseres. Não me interessa o lugar. Uma montanha íngreme, um mato denso, uma praia deserta ou um telhado inclinado. Não quero saber se vai estar sol, se sopra um vento forte, se vamos à chuva ou ficamos debaixo do céu estrelado. Eu vou! 
Mesmo sabendo que essa poderá ser a única vez. Um instante que roubamos à realidade, uma fresta de vida, um rasgo de vontade
Eu vou!
No calor do momento, peço-te apenas para seres verdadeiro comigo. Seres tu, somente. Esqueceres o mundo confuso lá fora, os quilómetros de gente, a monotonia das relações e das conversas vulgares. Ali, d
espidos de tempo. Eu e tu, somos iguais. Sofremos do mesmo. 
Sem segredos, quero partilhar-te numa conversa sem horas, regras ou rituais. 
Dizer-te as coisas mais loucas e irracionais, rir-me do teu ar sério, admirado. Abraçar todo o carinho que me tens dado.
Arranca-me um sorriso e eu vou.  Está combinado. 





 

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